quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lendas de Morretes

O barqueiro de Morretes

Seu João morava do outro lado do rio. Para chegar-se até a sua casa, tinha que gritar minutos seguidos pelo barqueiro que cobrava alguns centavos pela travessia. Todas as pessoas que moravam nos sítios por ali existentes, faziam a mesma coisa.
    O dono do bote não era chamado pelo seu nome. Berrava-se assim: ” oi de casa”... Depois de alguns minutos o homem aparecia vinha remando em circulos até aportar na beira do barranco. Não podiam subir mais do que tres pasageiros , pois, a canoa poderia encalhar nos eixos que a afloravam. Quando chovia muito, todos ficavam ilhados. A correnteza como se dizia, ficava muito forte e não se tinha  como contornar. Corria-se o risco de “navegar” sem destino em direção a Barreiros, povoado proximo ao mar ou ao mar de Antonina.
   Ah, sim, voltando ao tema, o barqueiro de Morretes exercia a sua profissao com muita dignidade impunha-se ao respeito de todos pela forma carinhosa como singrava as aguas. E todos queriam-no muito bem, pois, atravessar o rio com as pernas das calças carregadas não dava. É que os locais razinhos eram surpreendidos por buracos fundos. E entre o desconhecido e o certo nada melhor do que o velho bote...
   

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